segunda-feira, agosto 23, 2004

Cadê o Grito?


Pois é, o Grito desvaneceu-se e restou apenas o eco reflectido na parede do museu de Oslo.
Ao que parece, os criminosos surgiram armados rugindo e ameaçando, forçaram o quadro
até se soltar da parede e seguiram caminho num distintíssimo Audi A6.
Não havia qualquer mecanismo de protecção ou dispositivo de alarme no famoso quadro de Edvard Munch que, curiosamente, já havia sido roubado antes, em 1994! Não satisfeitos, levaram também a Madonna. Tá mal! Em 10 anos não podiam ter colocado um arame de galinheiro, umas ratoeiras? Ao menos em Portugal isto não acontecia! Basta vermos como se dá valor à arte neste país: os orçamentos descomunais em esculturas para rotundas, os mosaicos de cores primárias nas paredes dos viadutos em contraste com a arte direccionada para as elites e a falta de recursos com que se debatem os jovens artistas, as exposições e espectáculos mais importantes sempre em Lisboa (bendito Museu de Serralves)... para não mencionar aquelas esculturas hediondas de José de Guimarães. OOps, já mencionei.


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